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terça-feira, junho 21, 2011

REOLOGIA


Reologia é a parte da físico-química que investiga as propriedades e o comportamento mecânico de corpos que sofrem uma deformação (sólidos elásticos) ou um escoamento (fluido: líquido ou gás) devido à ação de uma tensão de cisalhamento (num corpo sujeito a uma força cortante, força por unidade de área da seção transversal). Muitos sistemas, principalmente os de natureza coloidal apresentam um comportamento intermediário entre esses dois extremos, apresentando tanto características viscosas como elásticas. Esses materiais são chamados de viscoelásticos.
O entendimento e o controle das propriedades reológicas é de fundamental importância na fabricação e no manuseio de uma grande quantidade de materiais (borrachas, plásticos, alimentos, cosméticos, tintas, óleos lubrificantes) e em processos (bombeamento de líquidos em tubulações, moldagem de plásticos).


Classificação Reológica


Quanto a deformação os fluidos podem ser classificados como:

  1. Reversíveis ou elásticos: são sistemas que não escoam; sua deformação é reversível e o sistema obedece à lei de hooke.
  2. Irreversível ou viscoso: são sistemas que escoam; sua deformação é irreversível e o sistema obedece a lei de Newton, de viscosidade constante.

Também podem ser classificados quanto a relação entre taxa de deformação e a tensão de cisalhamento:

  1. Fluidos newtonianos: sua viscosidade é constante, seguem a lei de Newton. Esta classe abrangetodos os gases e líquidos não poliméricos e homogêneos. (ex.: água, leite, soluções de sacarose, óleos vegetais).
  2. Fluidos não-newtonianos: a relação entre a taxa de deformação e a tensão de cisalhamento não é constante.

Comportamento de escoamento:

Não Newtoniano:

As matérias não-Newtomiamos podem ser classificados em dois subgrupos:

 Não-Newtoniano-independente de tempo
 Não-Newtoniano-dependente de tempo


Independente de tempo

Fluidos pseudoplasticos (com ousem tensão de deformação inicial): a viscosidade decresce com o aumento da taxa de cisalhamento. Isto é chamado de “cisalhamento fino”. Ao efetuar a leitura em um viscosímetro, rotacionando de baixa para alta velocidade e voltar para a baixa e as leituras nas mesmas velocidades coincidirem, o material é considerado pseudoplasticos independente de tempo e de cisalhamento fino.
Este parâmetro deve ser levado em consideração no desenvolvimento de produtos. Ex.: maioria dos alimentos, tintas, emulsões.

Fluidos dilatantes: a viscosidade aumenta com o aumento da taxa de cisalhamento. Se o material é medido de baixa para alta velocidade e a viscosidade aumenta com o aumento da velocidade, o material é classificado como dilatante. Este tipo de comportamento é mais raro que a pseudoplasticidade, e observando em fluidos contendo altos níveis de defloculantes como argilas, lama, amido de milho em água, ingrediente de balas.

Plásticos: este tipo de fluido comporta-se como sólido em condições estáticas ou de repouso e após aplicação de uma força começa afluir. Esta força aplicada denomina-se tensão de deformação. Após começara fluir o comportamento pode ser newtoniano, pseudoplástico ou dilatante (ex. catchup).



 Dependente de tempo

Alguns fluidos apresentam mudança na viscosidade em função do tempo sob condições constantes de taxa de cisalhamento. Há 2 categorias a serem consideradas.

Tixotropia: São sistemas cuja viscosidade diminui com o tempo para uma taxa de cisalhamento constante e aumenta quando esta taxa de cisalhamento diminui por recuperação estrutural do material (reversível).

Reopexia: são sistemas cuja viscosidade aumenta com o tempo a uma taxa de cisalhamento constante.
A tixotropia e a reopexia podem ocorrer e combinação com os comportamentos de escoamento


Reologia é o estudo do escoamento e deformação da matéria, ou seja, a reologia é o estudo do comportamento de fluidez. Os componentes dos fluidos podem apresentar diferentes formas geométricas, características diversas de ligação, tamanhos variados, que lhe conferem comportamentos distintos. Então devido a sua composição alguns produtos possuem uma única viscosidade a uma dada temperatura independente a força de cisalhamento e são denominados de fluidos newtonianos, enquanto a maioria dos fluidos apresenta comportamento reológico mais complexo e a determinação da viscosidade não é um tópico simples.

VISCOSIDADE

É a medida da resistência interna ou fricção interna de uma substância ao fluxo quando submetida a uma tensão. Quanto mais viscosa a massa, mais difícil de escoar e maior o seu coeficiente de viscosidade.
VISCOELASTICIDADE
Os líquidos viscosos não possuem forma geométrica definida e escoam irreversivelmente quando submetidos a forças externas. Por outro lado, os sólidos elásticos apresentam forma geométrica bem definida e se deformados pela ação de forças externas, assumem outra forma geométrica de equilíbrio. Muitos materiais apresentam um comportamento mecânico intermediário entre estes dois extremos, evidenciando tanto características viscosas como elásticas e, por este motivo, são conhecidos como viscoelásticos.
Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando sujeito à ação de uma força. Os fluidos reais (líquidos, gases, sólidos fluidizados) apresentam uma resistência à deformação ou ao escoamento quando submetidos a uma determinada tensão. Para os gases, a viscosidade está relacionada com a transferência de impulso devido à agitação molecular. Já a viscosidade dos líquidos relaciona-se mais com as forças de coesão entre as moléculas.

domingo, junho 19, 2011

Um pouco mais sobre aproveitamento de águas pluviais em edificações e suas vantagens

O aproveitamento de águas pluviais em edificações não é um conceito recente. No Brasil, foi introduzido pelos norte-americanos, em 1943, com a construção de uma instalação na Ilha de Fernando de Noronha (May, 2004). Nos últimos anos, porém, o aumento da demanda por água, normalmente ocasionado pelo crescimento populacional acentuado e desordenado nos grandes centros urbanos brasileiros, tem imposto pressões econômicas e sócio-ambientais aos novos empreendimentos imobiliários, no que concerne à adoção de medidas que visem à diminuição de consumo e a busca por fontes alternativas de água.
Nesse sentido, a implementação de sistemas de aproveitamento de águas pluviais para fins não potáveis, como rega de jardins e áreas verdes; lavagem de pisos, passeios e fachadas; ornamentação paisagística e descarga de vasos sanitários, torna-se uma alternativa bastante viável para as novas edificações. Além da água de chuva coletada no sistema de drenagem de edifícios, outras fontes de água bruta, normalmente ignoradas, como a água de condensação de ar-condicionado e a proveniente de cortinas de drenagem de lençol freático também podem ser aproveitadas para os fins não potáveis.
Apesar de ser uma alternativa economicamente viável e sócio-ambientalmente correta, o aproveitamento de águas pluviais não deve ser implementado de forma irresponsável. Diversas pesquisas (May, 2004; Jaques et al., 2005; Valle et al., 2005) demonstram que a água de chuva carrega poluentes (substâncias tóxicas e bactérias), cuja ingestão ou contato com a pele e mucosas pode causar doenças, que vão desde simples irritações cutâneas a severas infecções intestinais. Dessa forma, é importante o tratamento da água armazenada antes de sua utilização, principalmente quando o uso pretendido envolve contato direto com seres humanos.
A água de chuva pode ser utilizada em várias atividades com fins não potáveis no setor residencial, industrial e agrícola. No setor residencial, pode-se utilizar água de chuva em descargas de vasos sanitários, lavação de roupas, sistemas de controle de incêndio, lavagem de automóveis, lavagem de pisos e irrigação de jardins. Já no setor industrial, pode ser utilizada para resfriamento evaporativo, climatização interna, lavanderia industrial, lavagem de maquinários, abastecimento de caldeiras, lava jatos de veículos e limpeza industrial, entre outros. Na agricultura, vem sendo empregada principalmente na irrigação de plantações (MAY; PRADO, 2004).
Segundo May (2004), os sistemas de coleta e aproveitamento de água de chuva em edificações são formados por quatro componentes básicos: áreas de coleta; condutores; armazenamento e tratamento.
O sistema pode ser aplicado tanto em residências em construção - pode ser feito um sistema paralelo ao da água da rua - e incluir o uso em descarga de banheiros, lavagem de roupa e torneiras externas, como em casas já construídas. Onde não se quer ou não for possível mexer nas instalações existentes, é possível aproveitar a água de chuva para jardins, piscina, limpeza de calçadas, lavar carros, entre outros usos.
USOS
* Alimentação de bacias sanitárias e mictórios
* Irrigação de jardins, pomares e outros cultivos
* Limpeza de pavimentos, paredes, pátios, peças e equipamentos industriais e veículos
* Reserva de incêndio
* Ar condicionado central ou sistemas de resfriamento
* Espelhos e fontes d`água
* Recarga de aquíferos
O princípio é captar água de chuva antes que chegue no solo ou locais com trânsito de pessoas, animais e veículos, para evitar sua contaminação e o uso de equipamentos mais complexos.
RESIDÊNCIAS
O sistema pode ser aplicado tanto em residências em construção, com rede hidráulica separada da rede de água potável da rua, e incluir o uso em descarga de banheiros e torneiras externas, como em casas já construídas. Não sendo possível mexer nas instalações existentes, é possível aproveitar a água de chuva externamente, para jardins, limpeza de pisos e calçadas, lavar carros, entre outros usos.

Continuação

Ainda pesquisando sobre projetos, entrei no site da Eletrosul e li tudo sobre o projeto "Casa Eficiente". Que conta com a participação de um casa totalmente sustentavel e economica. Nos projetos das instalações hidrossanitarias da Casa eficiente procurou-se minimizar o máxmo o uso de recursos naturais, diminuindo os impactos ambientais.

Além do aproveitamento da água pluvial para fins não potáveis e do reúso de água, após tratamento dos efluentes, buscou-se também racionalizar o projeto, priorizando-se o uso de instalações aparentes, ou de fácil acesso, visando reduzir eventuais gastos advindos de futuras reformas. Desse modo, evita-se a necessidade de quebrar paredes e, consequentemente, gastos com alvenaria, acabamentos, transporte e mão de obra. Além disso, em relação às instalações hidráulicas, procurou-se agrupar todas as áreas chamadas "molhadas", reduzindo-se o comprimento das tubulações e a quantidade de conexões necessárias.

A existência de tubulações acessíveis ao usuário também enfatiza um importante conceito do projeto: a visitação, funcionando como instrumento educativo, onde o público terá oportunidade de compreender melhor o funcionamento dos sistemas empregados.

E ai? Que tal todos termos essa iniciativa e construimos um casa eficiente ? Reduzindo custos e ajudando o meio ambiente.

Fonte: http://www.eletrosul.gov.br/casaeficiente/br/home/index.php

Muito interessante este site

Estava procurando mais materiais para postar no nosso blog e encontrei este site que achei muito interessante, nele tem explicações e exemplos de boa parte da matéria que estamos aprendendo em fenômenos de transporte 1!

http://www.mspc.eng.br/ndx_fldetc.shtml

agua das chuvas e o escoamento subterrâneo

Escoamenteo subterrâneo é a fração de água que sofre infiltração, acompanhando seu caminho pelo subsolo, onde a força gravitacional e as características dos materiais presentes irão controlar o armazenamento e o movimento das águas. De maneira simplificada é água que continua a infiltrar-se e atinge a zona saturada, entra na circulação subterrânea e contribui para um aumento da água armazenada (recarga dos aquíferos). O topo da zona saturada corresponde ao nível freático. No entanto, a água subterrânea pode ressurgir à superfície (nascentes) e alimentar as linhas de água ou ser descarregada diretamente no oceano.

Fluxo de Água no Subterrâneo
Além da força gravitacional, o movimento da água subterrânea também é guiado pela diferença de pressão entre dois pontos, exercida pela coluna de água sobrejacente. Esta diferença de pressão é chamada de potencial hidráulico e promove o movimento da água subterrânea de pontos com alto potencial, como nas cristas do nível freático para zonas de baixo potencial como em fundo de vales. Esta pressão exercida pela coluna de água pode causar fluxo ascendente da água subterrânea, contrariando a gravidade, como no caso de porções profundas abaixo da crista, onde a água tende a subir para a zona de baixo potencial junto a leito de rios e lagos.
A união de pontos com o mesmo potencial hidráulico em sub superfícies define as linhas equipotenciais do nível freático, semelhante as curvas de nível topográfico. O fluxo de água partindo de uma potencia maior para outra menor, define uma linha de fluxo, que segue o caminho mais curto entre dois potenciais diferentes, num traçado perpendicular às linhas equipotenciais.

sábado, junho 18, 2011

Aproveitando a água da Chuva....


Continuando.... pesquisei também como seria o projeto de instalação desta receptação de água da chuva para ter idéia se existem algumas alternativas e propostas já realizadas. Encontrei algumas imagens na internet sobre este assunto:


Também encontrei dados referente a economia em utilizar este tipo de processo.:
E também um fluxograma de como é processada a água:
Um dos componentes mais importantes de um sistema de aproveitamento de água da chuva é o reservatório.

quarta-feira, junho 15, 2011

Relacionando conceitos: A reologia vista de um ponto de vista bastante diferente...

Sei que não envolve diretamente o que estamos estudando, mas achei interessante a relação que o autor fez do cotidiano corporativo com a reologia.

Reologia no mundo corporativo?

Muito se tem falado a respeito da resiliência (1) aplicada ao mundo corporativo. O que nem todo mundo fala é o impacto da má administração no comportamento de seus colaboradores. Ou seja, que tipo de reologia (2) os maus gestores causam no comportamento de seus colaboradores?

Vamos analisar alguns casos:
a) As empresas se organizam hierarquicamente e desejam pessoas flexíveis, inovadoras, multiespecialistas, dentre outras características tão buscadas no mercado – o resultado dessa mistura bombástica (organização de 1900 e pessoas de 2008) é um alto nível de insatisfação de ambas as partes. Recentemente pesquisei o organograma de centenas de empresas, para minha surpresa (será?) os mais modernos utilizavam estruturas matriciais criadas no fim da década de 50. A grande maioria se organiza utilizando conceitos típicos da era do Ford T. Qual a deformação que isso causa nos colaboradores mais antenados com o mundo de mutação dos processos? Insatisfação, desmotivação, eficiência ao invés da eficácia, falta de garra e vontade de mudar.

b) Gerentes e supervisores sendo denominados como líderes – O líder do poder atribuído, com habitualidade, não é considerado como líder por seus subordinados que continuam o chamando de “chefe”. Resultado: grande parte dos colaboradores tem como motivo primeiro, a insatisfação da forma como o seu chefe (líder, nunca) administra a área de sua responsabilidade.

c) Gestão do curto prazo – é muito comum a utilização da miopia empresarial pelos gerentes que mal conseguem olhar o presente. Eles vivem atrás de realizar metas sem se preocupar com o rumo que sua empresa está tomando. Será que olhar só para o agora, sem objetivos de longo prazo, leva as empresas a algum lugar? Claro que sim.... para o buraco. É muito comum nesses empreendimentos olhar mais a meta, do que o impacto dela no nível de serviço aos clientes. Resultado? Xô clientes!

d) Controle do tempo como instrumento de produtividade. Vamos pensar na coleta de lixo ou de resíduos para ficar mais bonito. Os coletores correm, trabalham felizes e não admitem que ninguém faça corpo mole durante o trabalho. Por quê? Simples, a eles é dada uma área que deve ser mantida limpa. O que acontece se eles terminarem antes do término do expediente? Isso mesmo, eles podem ir para casa, para outro trabalho, ou para onde quiserem. Isso é trabalhar por objetivo. O que acontece com uma confecção típica? Vamos supor que eles tenham que produzir 1.000 peças. O que acontece se um funcionário (ou grupo de funcionários) se esforça ao máximo e antes do término do expediente ele já produziu as 1000 peças? Claro, ele vai ter que ficar esperando (e produzindo) até soar aquele apito de fim de expediente. Será que ele vai se esforçar tanto no dia seguinte? Meio difícil não é.

Oscar Correia
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(1) Resiliência: capacidade que alguns materiais possuem de sofrerem todo tipo de pressão e depois retornar a sua condição normal.
(2) Reologia: estudo das deformações dos materiais.


Fonte: http://www.meionews.com.br/index.php/noticias/62-artigo/4292-reologia-no-mundo-corporativo.html

Aproveitamento da água da chuva.......

Num dia de chuva, comecei a pensar sobre ao funcionamento de um mecanismo de aproveitamento de água, ou mesmo a captação da água do solo, para aproveitamento em casas.
Pensando em calhas para captação da água da chuva, precisaria de um escoamento e captação eficiente para uma coleta de qualidade, buscando medidores de vazão para fazer um estudo e outros aspectos de fluídos, para um acompanhamento completo do processo, fazendo o armazenamento em uma caixa d'água.
Na captação da água do solo, comecei um estudo sobre o escoamento fluvial, onde o primeiro passo foi estudar o escoamento superficial da região para saber se seria um processo de eficiencia, onde primeiramente observei:
- a intensidade e a duração da precipitação: Dependendo da quantidade de chuva o solo receberá uma grande quantidade de água e assim poder chegar rapidamente a seu ponto de saturação, onde ocorrerá somente o escoamento superficial, já que a água não consegue infiltra-se mais no solo devido não ter capacidade mais de absorção, ou seja, maior altura gera maior volume, intensidade e vazão de pico.;
- precipitação antecedente: Esse fator tem que se levado em conta, pois se o solo ainda estiver muito úmido, ele fica mais próximo ao grau de saturação e a água não consegue infiltra-se mais, ocorrendo em pouco tempo somente o escoamento superficial;
- fatores fisiográficos: Esses fatores correspondem às formas, tamanho, relevo, pois maior declive gera maior velocidade, menor tempo de concentração e maior pico, levando a maior ou menor captação de água proveniente do escoamento ou mesmo da chuva e outro fator fisiográfico que é importante ser levado em conta é o tipo de solo e seu uso, pois quanto maior a capacidade de infiltração do solo, menor o risco de excesso de água superficial, assim diminuindo o risco de enchentes e a urbanização e o desmatamento reduzem a infiltração e aumentam o escoamento;
- grandezas do escoamento superficial:  Nos estudos que fazem sobre o escoamento superficial não é somente estudado os fatores que influenciam o escoamento, mas também as grandezas que são usadas como caracterizadoras do escoamento superficial tal como: vazão, tempo de concentração, tempo de recorrência ou de retorno, nível de água, coeficiente do escoamento;
- hidrograma: O hidrograma pode ser entendido como a resposta da bacia hidrográfica a uma dada precipitação e a contribuição de um aqüífero.............

terça-feira, junho 14, 2011

Curiosidade: O mercado mundial de transmissores de pressão

Hoje nos processos e controles industriais, somos testemunhas dos avanços tecnológicos com o advento dos microprocessadores e componentes eletrônicos, da tecnologia Fieldbus, o uso da Internet, etc., tudo facilitando as operações, garantindo otimização e performance dos processos e segurança operacional.Este avanço permite hoje que transmissores de pressão, assim como os de outras variáveis, possam ser projetados para garantir alto desempenho em medições que até então utilizam somente a tecnologia analógica.Os transmissores usados até então(analógicos) eram projetados com componentes discretos, susceptíveis a drifits devido à temperatura, condições ambientais e de processo, com ajustes constantes através de potenciômetros e chaves. Com o advento da tecnologia digital, a simplicidade de uso também foi algo que se ganhou.
Os transmissores de pressão são amplamente utilizados nos processos e aplicações com inúmeras funcionalidades e recursos.Como podemos ver na figura 1, a grande maioria dos processos industriais envolvem medições de vazão. Segundo a ARC – Advisory Group, o mercado mundial de transmissores de pressão em 2006 foi de U$1.8 bilhões e tem como previsã ultrapassar U$2.3 bilhões até 2011. Este crescimento se dará principalmente devido ao crescimento asiático e pela natrueza da atualização de equipamentos antigos e ultrapassados no mercado de forma geral.
Ainda vale citar os transmissores para aplicações SIS, Sistema Instrumentado de Segurança, assim como os transmissores wireless que começam a ser utitlizados em algumas aplicações.
A Smar está finalizando o desenvolvimento do seu transmissor de pressão
SIS e ainda seu transmissor de pressão Wireless e em breve os disponibilizará ao mercado.

segunda-feira, junho 13, 2011

domingo, junho 12, 2011

Mecânica dos fluidos

O link abaixo é muito interessante, é da área de mecânica dos fluidos da UFRGS, e entrando nos grupos de estudos é possível ler inúmeros estudos e publicações referentes à assuntos relacionados com a nossa disciplina (principalmente experimentos que envolvem escoamentos turbulentos):

http://www.mecanica.ufrgs.br/Disciplinas/eng03352/index.htm

Obs: A maior parte das publicações deste site está em inglês.

Medidores de viscosidade - Artigo

O site abaixo é muito bom para quem procura artigos, o artigo do link abaixo é "Medição de viscosidade de líquidos pelo método de múltiplas reflexões acústicas com conversão de modo", bem interessante:

http://www.scientificcircle.com/pt/4863/medicao-viscosidade-liquidos-metodo-multiplas-reflexoes-modo/

Tipos de medidores de vazão!

Existem dois tipos de medidores de vazão, os medidores de quantidade e os medidores 
volumétricos. 
1. MEDIDORES DE QUANTIDADE 
São aqueles que, a qualquer instante permitem saber que quantidade de fluxo passou mas não vazão 
do fluxo que está passando. Exemplo: bombas de gasolina, hidrômetros, balanças industriais, etc. 
a) Medidores de Quantidade por Pesagem São utilizados  para medição de sólidos, que são as 
balanças industriais. 
b) Medidores de Quantidade Volumétrica São aqueles  que o fluído, passando em quantidades 
sucessivas pelo mecanismo de medição faz com que o mesmo acione o mecanismo de indicação. 
São este medidores que são utilizados para serem os elementos primários das bombas de 
gasolina e dos hidrômetros. Exemplo: disco nutante, tipo pistão rotativo oscilante, tipo pistão 
alternativa, tipo pás, tipo engrenagem, etc. 


MEDIDORES VOLUMÉTRICOS 
São aqueles que exprimem a vazão por unidade de tempo. 
a) Medição de Vazão por Pressão Diferencial 
A pressão diferencial é produzida por vários tipos de elementos primários colocados na tubulação 
de forma tal que o fluído passa através deles. A sua função é aumentar a velocidade do fluído 
diminuindo a área da seção em um pequeno comprimento para haver uma queda de pressão. A 
vazão pode então, ser medida a partir desta queda.  Uma vantagem primordial dos medidores de 
vazão por   P, é que os mesmos podem ser aplicados numa grande  variedade de medições, 
envolvendo a maioria dos gases e líquidos, inclusive fluídos com sólidos em suspensão, bem como 
fluídos viscosos, em uma faixa de temperatura e pressão bastante ampla. Um inconveniente deste tipo de medidor é a perda de carga que o mesmo causa ao processo , sendo a placa de orifício, o 
dispositivo que provoca a maior perda de carga "irrecuperável" ( de 40% a 80% do P gerado).

PLACA DE ORIFÍCIO 
Dos muitos dispositivos inseridos numa tubulação para se criar uma pressão diferencial, o mais 
simples e mais comum empregado é o da placa de orifício. Consiste em uma placa precisamente 
perfurada, a qual é instalada perpendicularmente ao eixo da tubulação. É essencial que as bordas do 
orifício estejam sempre perfeitas, porque, se ficarem, imprecisas ou corroídas pelo fluído, a precisão
da medição será comprometida. Comumente, são fabricadas com aço inox, monel, latão, etc., 
dependendo do fluído.

Tipos de Orifícios
a) Orifício concêntrico: Este tipo de placa é utilizado para líquidos, gases e vapor que não contenham sólidos 
em suspensão. 
b) Orifíco excêntrico: Utilizada quando tivermos fluído com sólidos em suspensão, os quais possam 
ser retidos e acumulados na base da placa, sendo o  orifício posicionado na parte de baixo do 
tubo. 
c) Orifício segmental: Esta placa tem a abertura para passagem de fluido, disposta em forma de 
segmento de círculo. É destinada para uso em fluídos laminados e com alta porcentagem de 
sólidos em suspensão. 


TUBO VENTURI 
O tubo Venturi, combina dentro de uma unidade simples, uma curta garganta estreitada entre duas 
seções cônicas e está usualmente instalado entre duas flanges, numa tubulações. Seu propósito é 
acelerar o fluído e temporariamente baixar sua pressão estática. 
A recuperação de pressão em um tubo Venturi é bastante eficiente, como podemos ver na figura a 
seguir, sendo seu uso recomendado quando se deseja  um maior restabelecimento de pressão e 
quando o fluido medido carrega sólidos em suspensão. O Venturi produz um diferencial menor que 
uma placa de orifício para uma mesma vazão e diâmetro igual à sua garganta.

Bocal de Vazão 
O Bocal de vazão (Flow nozzle) é, em muitos aspectos um meio termo entre a placa de orifício e o 
tubo Venturi. O perfil dos bocais de vazão permite  sua aplicação em serviços onde o fluído é 
abrasivo e corrosivo. O perfil de entrada é projetado de forma à guiar a veia fluída até atingir a 
seção mais estrangulada do elemento de medição, seguindo uma curva elíptica (projeto ASME) ou 
pseudoelíptica (projeto ISA). Seu principal uso é em medição de vapor com alta velocidade, 
recomendado p/ tubulações > 50mm. 
Tubo Pitot 
  
É um dispositivo para medição de vazão através da velocidade detectada em um ponto da tubulação. 
O tubo de Pitot é um tubo com uma abertura em sua extremidade, sendo esta colocada na direção da 
corrente fluida de um duto. A diferença da pressão total e a pressão estática da linha nos dará a 
pressão dinâmica, a qual é proporcional ao quadrado da velocidade. 

Medidor Tipo Annubar
O Annubar é um dispositivo de produção de pressão diferencial que ocupa todo o diâmetro do tubo . 
O annubar é projetado para medir a vazão total , de forma diferente dos dispositivos tradicionais de 
pressão diferencial . 
Rotâmetros 
Rotâmetros são medidores de vazão por área variável, nos quais um flutuador varia sua posição 
dentro de um tubo cônico, proporcionalmente à vazão do fluido.Basicamente, um rotâmetro 
consiste de duas partes: 
1) Um tubo de vidro de formato cônico, o qual é colocado verticalmente na tubulação em que 
passará o fluido que queremos medir. A extremidade maior do tubo cônico ficará voltada para 
cima. 
2) No interior do tubo cônico teremos um flutuador que se moverá verticalmente, em função da 
vazão medida.  

Princípio Básico 
O fluido passa através do tubo da base para o topo. Quando não há vazão, o flutuador permanece na 
base do tubo e seu diâmetro maior é usualmente selecionado de tal maneira que bloqueie a pequena 
extremidade do tubo, quase que completamente. Quando a vazão começa e o fluido atinge o 
flutuador, o empuxo torna o flutuador mais leve; porém, como o flutuador tem uma densidade 
maior que a do fluido, o empuxo não é suficiente para levantar o flutuador. A área de passagem 
oferece resistência à vazão e a queda de pressão do fluido começa a aumentar. Quando a pressão 
diferencial, somada ao efeito de empuxo do líquido, excede a pressão devido ao peso do flutuador, 
então o flutuador sobe e flutua na corrente fluida.
Com o movimento ascendente do flutuador em direção à parte mais larga do tubo, a área anular, 
entre a parede do tubo de vidro e a periferia do flutuador, aumenta. Como a área aumente, o 
diferencial de pressão devido ao flutuador decresce. O flutuador ficará em equilíbrio dinâmico 
quando a pressão diferencial através do flutuador somada ao efeito do empuxo contrabalançar o 
peso do flutuador. Qualquer aumento na vazão movimenta o flutuador para a parte superior do tubo 
de vidro e a diminuição causa uma queda a um nível  mais baixo. Cada posição do flutuador 
corresponde a um valor determinado de vazão e somente um. É somente necessário colocar uma 
escala calibrada na parte externa do tubo e a vazão poderá ser determinada pela observação direta 
da posição do flutuador. 
MEDIDORES DE VAZÃO EM CANAIS ABERTOS 
Os dois principais tipos são: o vertedor e a calha de Parshall. 
Vertedor 
O vertedor mede a altura estática do fluxo em reservatório que verte o fluído de uma abertura de 
forma variável. 

Calha de Parshall  
O medidor tipo calha de Parshall é um tipo de Venturi aberto que mede a altura estática do fluxo. É 
um medir mais vantajoso que o vertedor, porque apresenta menor perda de carga e serve para medir 
fluídos com sólidos em suspensão. MEDIDORES ESPECIAIS DE VAZÃO
Os principais medidores especiais de vazão são: medidores magnéticos de vazão com eletrodos, tipo 
turbina, tipo Coriolis , Vortex e Ultra-sônico 
Medidor Eletromagnético de Vazão 
O medidor magnético de vazão é seguramente um dos medidores mais flexíveis e universais dentre 
os métodos de medição de vazão . Sua perda de carga é equivalente a de um trecho reto de 
tubulação, já que não possui qualquer obstrução. É  virtualmente insensível à densidade e à 
viscosidade do fluido de medição. Medidores magnéticos são portanto ideais para medição de 
produtos químicos altamente corrosivos, fluidos com sólidos em suspensão, lama, água, polpa de 
papel. Sua aplicação estende-se desde saneamento até indústrias químicas, papel e celulose, 
mineração e indústrias alimentícias. A única restrição, em princípio é que o fluído tem que ser 
eletricamente condutivo. Tem ainda como limitação o fato de fluidos com propriedades magnéticas 
adicionarem um certo erro de medição. De acordo com a Lei de Faraday de Indução Magnética, 
uma tensão é induzida em um condutor que se move em um campo magnético. Com o princípio de 
medida eletromagnética, o fluído se move dentro do condutor. A tensão induzida é proporcional ao 
fluxo e é medido por um par de eletrodos. Conhecendo-se a área da seção do duto, o volume do 
fluído pode ser calculado. A figura abaixo mostra o princípio de operação deste tipo de instrumento. Medidor Tipo Turbina 
O medidor é constituído basicamente por um rotor montado axialmente na tubulação . O rotor é 
provido de aletas que o fazem girar quando passa um fluido na tubulação do processo . Uma bobina 
captadora com um imã permanente é montada externamente fora da trajetória do fluido . Quando 
este se movimenta através do tubo , o rotor gira a uma velocidade determinada pela velocidade do 
fluido e pelo ângulo das lâminas do rotor . Á medida que cada lâmina passa diante da bobina e do 
imã , ocorre uma variação da relutância do circuito magnético e no fluxo magnético total a que está 
submetida a bobina . Verifica-se então a indução de um ciclo de tensão alternada . A freqüência dos 
pulsos gerados desta maneira é proporcional á velocidade do fluido e a Vazão pode ser determinada 
pela medição / totalização de pulsos . Medidor por Efeito Coriolis
É um instrumento de grande sucesso no momento, pois tem grande aplicabilidade desde indústria 
alimentícia, farmacêutica, química, papel, petróleo etc. e sua medição, independe das variáveis de 
processo - densidade, viscosidade, condutibilidade, pressão, temperatura, perfil do fluído. 
Resumidamente, um medidor Coriolis possui dois componentes: tubos de sensores de medição e 
transmissor. Os tubos de medição são submetidos a uma oscilação e ficam vibrando na sua própria 
freqüência natural à baixa amplitude, quase imperceptível a olho nu. Quando um fluído qualquer é 
introduzido no tubo em vibração, o efeito do Coriolis se manifesta causando uma deformação, isto 
é, uma torção, que é captada por meio de sensores magnéticos que geram uma tensão em formato de 
ondas senoidais. As forças geradas pelos tubos criam uma certa oposição à passagem do fluido na 
sua região de entrada (região da bobina1) , e em oposição auxiliam o fluído na região de saída dos 
tubos O atraso entre os dois lados é diretamente proporcional à vazão mássica. Um RTD é montado 
no tubo, monitorando a temperatura deste, a fim de  compensar as vibrações das deformações 
elásticas sofridas com a oscilação da temperatura. 
O princípio de medida é baseado sobre a geração das forças de Coriolis. Estas forças estão sempre presentes 
quando movimentos de translação e rotação ocorrem simultaneamente.  
      → → →
× = 
Fc m v

            2 ω
onde: 
Fc = força de Coriolis. 
m = massa do fluído em movimento. 
ω = velocidade angular. 
v = velocidade radial em um sistema em rotação ou oscilação.

A amplitude da força de Coriolis depende da massa em movimento   m , sua velocidade  v no sistema e, 
então, seu fluxo de massa. 
A força de Coriolis produzida no duto causa um desvio de fase na oscilação do tubo (ver figura a seguir). 
• Quando o fluxo é zero, ambos tubos oscilam em fase (1). 
• Quando há fluxo, a oscilação do tubo é desacelerada na entrada do tubo (2) e acelerada na saída do tubo 
(3). 
As oscilação são determinadas usando sensores eletrodinâmicos na entra da e na saída dos tubos.  Este 
princípio de medida é independente da temperatura, pressão, viscosidade, condutividade ou do perfil do fluxo. 
Os tubos de medidas são continuamente excitados em suas freqüências de ressonância. Quando a massa, e 
então a densidade, do sistema oscilante varia (tubo e fluído), a freqüência de ressonância é reajustada.   Medidor Vortex
Quando um anteparo de geometria definida é colocado de forma a obstruir parcialmente uma 
tubulação em que escoa um fluido, ocorre a formação de vórtices; que se desprendem 
alternadamente de cada lado do anteparo, como mostrado na figura abaixo. Este é um fenômeno 
muito conhecido e demostrado em todos os livros de  mecânica dos fluidos. Os vórtices também 
podem ser observados em situações freqüentes do nosso dia a dia, como por exemplo: O movimento 
oscilatório da plantas aquáticas, em razão da correnteza; As bandeiras flutuando ao vento; As 
oscilações das copas das árvores ou dos fios elétricos quando expostas ao vento. 
O  princípio de funcionamento é baseado no vórtice de Karman. Quando fluídos fluem através de 
uma restrição introduzida no duto, vórtices são formados pelos lados. A freqüência do vórtice  é 
proporcional ao fluxo médio e, desta forma, ao fluxo volumétrico. Variações de pressão causadas 
pelo vórtices são transmitidas via alguns orifícios introduzidos nas laterais. Os sensores são 
colocados dentro do duto é protegidos de choques, temperaturas e desgaste pela passagem do fluído. 
Os sensores capacitivos detectam os pulsos de pressão e os convertem em pulsos elétricos. 
Freqüência de vórtice = Stv
                                 d

St= número de Strouhal 
v = velocidade do meio 
d = comprimento da restrição

Medidores Ultra-sônicos 
Os medidores de vazão que usam a velocidade do som como meio auxiliar de medição podem ser 
divididos em dois tipos principais: 
- Medidores a efeito doppler 
- Medidores de tempo de trânsito. 
Existem medidores ultra-sônicos nos quais os transdutores são presos à superfície externa da 
tubulação, e outros com os transdutores em contato direto com o fluído. Os transdutores-emissores 
de ultra-sons consistem em cristais piezoelétricos  que são usados como fonte de ultra-som, para 
enviar sinais acústicos que passam no fluído, antes de atingir os sensores correspondentes. 
a) Medidores de efeito Doppler 
O efeito Doppler é aparente variação de freqüência  produzida pelo movimento relativo de um 
emissor e de um receptor de freqüência. No caso, esta variação de freqüência ocorre quando as 
ondas são refletidas pelas partículas móveis do fluído. Nos medidores baseados neste princípio ( ver 
figura abaixo), os transdutores-emissores projetam  um feixe contínuo de ultra-som na faixa das 
centenas de khz. Os ultra-sons refletidos por partículas veiculadas pelo fluído têm sua freqüência 
alterada proporcionalmente ao componente da velocidade das partículas na direção do feixe. Estes 
instrumentos são consequentemente adequados para medir vazão de fluídos que contêm partículas 
capazes de refletir ondas acústicas. 
b) Medidores de tempo de trânsito 
Ao contrário dos instrumentos anteriores, estes instrumentos não são adequados para medir vazão 
de fluídos que contêm partículas. Para que a medição seja possível, os medidores de tempo de 
trânsito devem medir vazão de fluídos relativamente limpos. Nestes medidores ( ver figura abaixo ), 
um transdutor – emissor - receptor de ultra-sons é fixado à parede externa do tubo, ao longo de duas 
geratrizes diametralmente opostas. O eixo que reúne os emissores - receptores forma com o eixo da 
tubulação, um ângulo α. Os transdutores transmitem e recebem alternadamente um trem de ondas 
ultra-sônicas de duração pequena. O tempo de transmissão é levemente inferior (t1) orientada para a 
jusante, e levemente superior (t2) quando orientada para a montante. Sendo L a distância entre os 
sensores, V1 a velocidade média do fluído e V2 a velocidade do som no líquido considerado. 
O princípio de funcionamento é baseado no tempo de trânsito de sinais no meio. Um sinal acústico 
(ultra-som) é transmitido de um sensor a outro. Este pode ser tanto na direção do fluxo, quanto 
contrário ao fluxo. O tempo do trânsito do sinal é medido. De acordo com princípio físico, o sinal enviado na direção do fluxo  requer menos tempo de trânsito que o sinal enviado contra o fluxo. A 
diferença entre os tempos de trânsito é proporcional à velocidade do fluído. 
V ≈ ^ t
Q = V ⋅ A
V = velocidade do fluído 
^t = diferença de tempo de trânsito 
Q = fluxo volumétrico 
A = seção cruzada do tubo. 

Medidas de vazão por Temperatura 
Medida térmica é um bem estabelecido método de medir fluxo de fluídos. Ele opera monitorando o 
efeito de arrefecimento de um fluxo de gás, quando ele passa através de um sensor. O gás fluindo, 
passa por dois transdutores RTD tipo PT100. Um destes é usado para sentir a temperatura do fluído, 
enquanto que o outro é usado como aquecedor. Este último é mantido a uma temperatura diferencial 
(relativa a temperatura atual do gás) variando a corrente sobre ele. Maior o fluxo passando sobre o 
sensor aquecido, maior é a corrente exigida para manter constante a diferença de temperatura. A 
corrente do sensor aquecido é proporcional ao fluxo do gás

sábado, junho 11, 2011

Aplicação Medidores de Vazão







Com muitos tipos de medidores no mercado, usuário deve ficar atento as peculiaridades do processo de sua planta na hora de escolher a tecnologia
O mercado de medidores de vazão têm mostrado um significativo crescimento nos últimos anos. De acordo com entidades da área de instrumentação dos Estados Unidos, o faturamento excedeu U$ 150 milhões em 2004 e o mercado projeta crescimento anual de quase 5%, até 2009. Em visita ao Brasil, o consultor e especialista em medidores David Spitzer atendeu a reportagem da Revista Controle & Instrumentação e falou sobre as tecnologias de medição de vazão e nível. Segundo Spitzer, o medidor de vazão é um instrumento utilizado para o controle de processo e detecção de perdas dos insumos da empresa. ”O medidor de vazão serve para converter recursos, como tempo, dinheiro e materiais, em medidas de quanto material está correndo”, afirma Spitzer. De acordo com o especialista, na hora da compra do instrumento, o engenheiro deve considerar os custos iniciais de aquisição, os custos de instalação, os custos de operação e de manutenção - o que é comumente chamado de custo total de aquisição ou custo do ciclo de vida do instrumento. Spitzer afirmou ainda que, no Brasil, existe certa tendência em experimentar instrumentos com novas tecnologias. “Nos Estados Unidos os medidores são instalados para funcionar por 20 anos ou mais. Aqui, foram instalados há cinco anos. E isso porque é mais fácil trocar de tecnologia quando esta não está rodando há 20 anos e você já está acostumado. Eu vejo certa similaridade com isso no Fieldbus; no Brasil, percebo mais adaptações do que no meu país” compara Spitzer. No Brasil, existe um leque de opções de medidores, nacionais e importados - magnéticos, pressão diferencial, mássicos, ultra-sônicos, turbinas, térmicos - e a escolha de um desses vai depender de fatores como investimento, tipo de material a ser medido, tamanho da planta, grau de exatidão desejado, etc. Consultor de renome mundial, David W Spitzer tem quase 30 anos de experiência industrial, incluindo 15 anos como chefe de instrumentação em uma companhia química e um ano trabalhando como engenheiro de instrumentação no Brasil. Ele escreveu 10 livros sobre medição de vazão, controle avançado, e acionamentos de velocidade variável.

Pressão Diferencial - medidor muito empregado no mercado. Algumas características justificam o alto uso deste aparelho - tecnologia conhecida, custo relativamente baixo, ausência de partes móveis, pouca manutenção e aplicação para muitos tipos de fluído. Todavia, o instrumento possui algumas limitações - faixa de medição restrita, sensíveis a fluidos sujos e ao perfil de fluxo, potencial para alto custo de manutenção (borda de placa de orifício gastos, orifício de tubos pitot obstruídos, etc). Princípio: O princípio fundamental de todos os medidores de vazão que produzem uma pressão diferencial é a equação de energia de Bernoulli. Nela concluiu-se que, em uma tubulação fechada, não há perdas de energia e o medidor mais comum a utilizar este princípio é o de Placa de Orifício. Dados de entidades da área de instrumentação mostram que, nos Estados Unidos, cerca de 50% dos medidores de vazão usados pelas indústrias são desse tipo. Spitzer: Esta tecnologia foi desenvolvida nos anos 20. No início, era mais usado em medições com água, mas houve uma expansão do seu uso pra gás, vapor e alguns fluidos que apresentam um pouco mais de viscosidade. Esses medidores não têm uma faixa de operação tão grande, razão pela qual está sendo ultrapassado por outros instrumentos. Eletromagnéticos - os medidores eletromagnéticos têm a vantagem da virtual ausência de perda de pressão, mas só podem ser usados com líquidos condutores de eletricidade. O transmissor de vazão magnético instalado na tubulação entre flanges é composto, basicamente, do tubo cilíndrico, bobinas fixadas no tubo para geração do campo magnético e eletrodos fixados perpendicularmente ao campo. Princípio: O princípio de medição deste aparelho se baseia na lei de Faraday, isto é, quando um condutor elétrico se move num campo magnético cortando as linhas de campo forma-se uma F.E.M (Força Eletro Motriz) no condutor proporcional a velocidade do condutor. A F.E.M. induzida (U) no líquido segundo a lei de Faraday pode ser expressa pela equação: U = K x B x v x D, sendo K a constante do instrumento, B a intensidade do campo magnético, v a velocidade média do fluxo e D a distância entre os eletrodos. A tensão U induzida neste meio é diretamente proporcional à velocidade média do fluxo v. A indução magnética B (intensidade de campo magnético) e a distância entre os eletrodos D (diâmetro nominal do tubo) são constantes. Então a F.E.M induzida é função da velocidade do liquido que é proporcional a vazão volumétrica de saída. Spitzer: “Os magnéticos, geralmente, são muito usados na área de saneamento. Esses medidores não têm peças que movem - particularmente eu prefiro medidores que apresentam partes móveis - o que proporciona uma manutenção mais fácil. Possui um preço relativamente barato: no meu país (EUA) você pode comprar um medidor magnético por um pouco mais de US$ 1.000. “

Mássicos por Efeito Coriolis - este instrumento é indicado para controles precisos de processo e bateladas. Consegue medir a maioria dos fluidos, multifásicos, líquidos com alta viscosidade, líquidos com uma certa quantidade de gás, além de gases. Os limites ficam por conta da faixa de temperatura (-50 a 200º C) e perda de carga. Princípio: O funcionamento físico desse medidor é através do Efeito, ou Força, Coriolis. O fluído quando passa através do medidor possui uma velocidade angular gerada pela excitação dos tubos de medição através de uma bobina de excitação. Essa velocidade angular acelera o fluido aumentando sua velocidade periférica e a força gerada por esse aumento de velocidade periférica é chamada Força Coriolis. Os tubos de medição são deformados por essa força, e essa deformação é captada por sensores. Dessa forma, a diferença dos ângulos de fase gerada nos tubos quando o fluído escoa é proporcional a quantidade de massa que passa pelos tubos. Spitzer: “A indústria química e alimentícia americana está usando cada vez mais este medidor. Antes o Coriolis apresentava dois tubos curvados, depois passou a ter um tubo reto o que facilitou bastante a montagem e instalação na planta.” MEDIDOR VORTEX - Estes medidores exploram o fenômeno conhecido como Kamann Vortex e são utilizados na medição de vazão de líquidos de baixa viscosidade, gases e vapor (saturado e superaquecido). Os medidores Vortex se caracterizam pela ausência de partes móveis em contato com o fluido, baixa perda de carga e boa exatidão. Princípio: Seu funcionamento é baseado na medição de velocidade do fluído a partir da quantidade de vórtices formados quando o líquido passa por um pequeno objeto estático que cruza o interior do tubo. Um sensor localizado após este objeto (que pode ser piezoelétrico ou ultra-sônico) monitora continuamente os vórtices gerados enviando um sinal que será processado por um circuito eletrônico microprocessado. Uma vez que se conhece a secção transversal do tubo e tendo-se o valor da velocidade, a vazão pode ser determinada. Spitzer: Os medidores Vortex possuem capacidade para muitas aplicações, pois são flexíveis nas medidas com liquido, gás e vapor. Como os medidores Vortex têm flexibilidade em medidas com liquido, gás e vapor, possuem potencial para muitas aplicações. Contudo, os Vortex são amplamente utilizados em medidas de vazão de vapor, pois podem realizar essas medições a temperaturas elevadas, acima das exigidas em muitas aplicações.


Deslocamento Positivo - Há muitos desenhos de medidores DP no mercado: engrenagens ovalóides, helicoidal, disco, paletas, pistão, etc. Alguns desenhos só podem ser utilizados em aplicações com líquidos, enquanto outros estão desenhados para gases. Estes medidores são adequados para fluidos viscosos, ao contrário da maioria. Possuem um preço de aquisição baixo a médio. Porém não são apropriados para pequenas vazões, seu custo de manutenção que pode ser relativamente alto, não toleram partículas em suspensão e bolhas de gás afetam muito a precisão. Princípio: O medidor DP apanha um volume definido de líquido ou gás e o transporta mediante um movimento rotacional, ou oscilante através do medidor sem (teoricamente) nenhum deslizamento de fluido ao passar pelas engrenagens ou discos. Normalmente, os ímãs embebidos nos rotores geram um número fixo de pulsos para cada revolução das partes móveis. O sinal de pulsos detectados é diretamente proporcional à vazão volumétrica que atravessa o medidor. Spitzer: “Existem muitos medidores DP no mercado. Estes são muito usados na medição de água e gás para residências e são fabricados aqui no Brasil com um preço sugestivo, mais economicamente viável do que nos Estados Unidos.” Turbina - Em geral, os medidores de turbina se empregam tanto em líquidos como gases. Atualmente este medidor está sendo bastante utilizado no mercado de gás natural. Possui um preço relativamente baixo, ampla faixa de temperatura e pressões (-200oC a 450 C, até 350 bar) e exatidão normalmente 0,25% a 1% da medida a uma viscosidade específica. Por outro lado, apresentam um alto custo de instalação e manutenção, dependem do perfil do fluxo e são sensíveis a fluídos que podem danificar o medidor. Princípio: O fluído que atravessa uma turbina faz girar um rotor. A velocidade rotacional do rotor se relaciona com a velocidade do fluido. A rotação é captada por dispositivos de estado sólido (captação de relutância, indutância, capacitivos e de efeito Hall) ou por meio de sensores mecânicos (acionamentos a engrenagens ou magnéticas). Multiplicando a velocidade pela área da seção transversal da turbina obtém-se a vazão volumétrica. Spitzer: Os medidores Turbina possuem um preço relativamente alto - são utilizados em grandes medições de vazão nas plantas industriais. Tem fabricantes aqui no Brasil também. Ultra-sônicos - Este instrumento foi desenvolvido para medição de vazão de líquidos limpos em tubulações fechadas sem que ocorra qualquer contato físico entre o medidor e o meio medido. A instalação do aparelho é efetuada de modo fácil e simples, uma vez que dispensa qualquer tipo de serviço na tubulação como seccionamento ou furação. Podem ser utilizados em tubulações de diferentes materiais como aço carbono, ferro fundido, aço inox e vidro, cobrindo diâmetros de até 5.000 mm. São usados em medições de água, produtos químicos agressivos, produtos farmacêuticos, etc. Encontra-se disponível em duas versões: portátil e fixo. Princípio: A medição é baseada no princípio de tempo de trânsito: dois transdutores que podem ser acoplados na parede externa do tubo emitem e recebem pulsos de ultra-som. O tempo de trajeto destes pulsos é analisado por um circuito eletrônico que efetua o cálculo da vazão instantânea. Spitzer: “Está crescendo o mercado desse tipo de medidor para gás natural. Em números são poucos ainda, mas seu valor é alto. Para um tubo de 8 a 10 polegadas o medidor pode custar mais de US$ 20.000”.




Térmico: Os medidores térmicos permitem a medição de vazão mássica, o que é muito útil em gases. A precisão é ao redor de 2% do fundo de escala. Princípio: Um tipo desses instrumentos mede a vazão pela quantidade de calor necessário para aumentar a temperatura das sondas. Outro tipo mede o diferencial de temperatura causado pela vazão num tubo aquecido. Spitzer: Estes medidores são usados mais pra gases, especialmente em laboratórios químicos. Medidores de Nível A medição e controle de nível de material contido em reservatórios é um dos procedimentos mais comuns em instrumentação industrial. A informação de nível pode ser utilizada para controle de estoque, controle do nível e para garantir a continuidade de fornecimento do material para as etapas posteriores do processo. Um nível muito elevado pode alterar equilíbrio de uma reação, causar dano a equipamentos ou resultar em vazamento de material de alto custo. Assim como, um nível muito baixo pode ter conseqüências negativas no processo. Alguns fatores como a composição, viscosidade (líquidos), capacidade de escoamento (sólido) e o ambiente do processo (temperatura, pressão, agitação, entre outros) influenciam significativamente a seleção do método de medição e a localização dos dispositivos sensores. Segundo o consultor David Spitzer, existem limitações para cada uma dessas tecnologias e a indicação é sempre levar em consideração as informações do campo onde o medidor será utilizado. “Temos alguns empecilhos em medição de nível. O material pode conter espuma, fervura, interface entre dois líquidos ou mais, detritos em suspensão, por tudo isso é necessário fazer um levantamento minucioso do ambiente da medição”, afirma Spitzer. BÓIA - Este medidor utiliza uma bóia que é colocada em cima do liquido. O sensor tem meios de localizar o objeto, registrando o nível do fluido. Utilizam-se bóias extensas no formato de disco para obter mais precisão. Spitzer: “Esses medidores têm sido muito utilizados, especialmente, desde que começaram a ser feitos no Brasil e não precisam ser importados. Possuem partes móveis que podem apresentar problemas de manutenção.” MAGNETORESTRITIVO - Seu funcionamento é baseado no movimento de uma bóia em torno de uma haste. Um circuito eletrônico monitora constantemente e de modo extremamente preciso a posição da bóia através de pulsos que são enviados por um fio condutor localizado no interior desta haste. A posição é convertida em um sinal analógico de 4~20 mA que pode ser interligado a qualquer outro dispositivo externo. Além de não ser afetado por determinadas características do processo como presença de espuma, gases/vapores, mistura de líquidos ou variações de constante dielétrica ou condutividade. Spitzer: “Essa tecnologia é uma variação dos medidores de nível onde o sensor pode ser totalmente soldado (fechado) sem conter lacres. Isso é uma vantagem importante para projetos onde fluidos podem penetrar nos lacres.“ Iô-iô - O instrumento trabalha com um sistema eletromecânico composto por um pêndulo (metálico ou termoplástico), cabo, motor e um circuito eletrônico. O eixo do motor está preso a um carretel onde o cabo está enrolado, e na ponta deste cabo, encontra-se preso o pêndulo. A descida do pêndulo é gerenciada pelo motor até que toque o produto; neste momento, o motor pára e inicia a puxar o cabo e o pêndulo. O circuito eletrônico mede o comprimento de cabo correspondente à distância do topo até o produto, ou seja, o nível do material. Spitzer: “Esses instrumentos, geralmente, têm um número considerável de partes móveis que podem criar problemas de manutenção. Alguns modelos permitem que o cabo saia do tanque, o que pode causar emissões de fuga e períodos de manutenção.” CAPACITIVO - o medidor por capacitância consiste de uma sonda vertical inserida no vaso no qual se deseja monitorar o nível. Este instrumento é utilizado na medição contínua do nível de produtos líquidos ou sólidos armazenados em tanques ou silos de diferentes formatos ou dimensões. O único componente que se encontra em contato com o processo é uma haste, que juntamente com um circuito eletrônico são responsáveis pela medição do nível. Nenhuma parte móvel está presente uma vez que a medição é totalmente baseada na variação de capacitância formada pelo conjunto haste (do instrumento), produto e parede do tanque (ou uma haste auxiliar/referência). Spitzer: “Esses medidores são largamente utilizados em diversas indústrias, incluindo a indústria química onde seus produtos líquidos são compatíveis com os diversos procedimentos de medida. Através da digitalização dos valores da capacitância, os modelos recentes desse tipo de medidor conseguem melhorar sua calibração e manter sua precisão por mais tempo. “ ULTRA-SÔNICO - os medidores ultra-sônicos são utilizados, geralmente, quando não se quer estabelecer contato físico com a superfície a ser medida. Uma medição de um determinado material poderia contaminar o dispositivo de medição, por exemplo. Essa tecnologia se baseia na medição do tempo requerido por pulsos ultra-sônicos para percorrer a distância desde o sensor até a superfície do líquido e voltar. Um sensor ultra-sônico instalado acima do liquido a ser medido emite um feixe de pulsos ultra-sônicos e recebe os ecos refletidos por sua superfície. A eletrônica inteligente recebe o sinal recebido, selecionando o eco recebido pela superfície do líquido, medindo o tempo entre a emissão e o retorno do eco, e calculando com esse dado a distância da superfície do líquido. Spitzer: “Esses medidores não fazem contato com o material, mas fazem com os vapores contidos no tanque e isso pode causar um problema. Essa tecnologia é amplamente usada para medir o nível de líquidos e sólidos. A medida efetuada depende da velocidade do ultra-som nos vapores.”





Radar sem contato - Utiliza os mesmos princípios do medidor ultrassom, mas com energia de alta freqüência do radar. Um circuito eletrônico do medidor emite pulsos em direção ao fluido. Neste instante, o pulso acaba sendo refletido em direção ao topo onde está o circuito. A partir do tempo decorrido entre a emissão e a reflexão deste pulso é possível determinar o nível do produto uma vez que a velocidade de propagação é constante e conhecida. Spitzer: “A aplicação dessa tecnologia está aumentando devido a redução dos custos que a faz mais competitiva em relação as outras tecnologias. Essa tecnologia é semelhante a dos medidores ultra-sônicos, porém suas medidas não são afetadas pela velocidade de propagação dos pulsos nos vapores contidos no tanque.”

HIDROSTÁTICO - Spitzer: “Essa tecnologia de medida é amplamente usada para líquidos em tanques e em outros recipientes. Transmissores de variação de pressão são talvez mais utilizados no Brasil porque são fabricados aqui dispensando importações. “ LASER - Spitzer: “tecnologia relativamente nova no mercado. A medição a laser tem a vantagem de utilizar um estreito raio de energia (raio de luz) e não ser afetada pela natureza da superfície do material.”